quinta-feira, 26 de julho de 2007

It's Rabbit Season


Já repararam que as pessoas vivem competindo? E não estou me referindo a esportes como vôlei ou futebol, é uma coisa mais com Vale-tudo mesmo, onde apesar da violência tudo não passa de pura ilusão!
Sabe quando você está na fila para entrar no ônibus e mesmo ele estando vazio, cismam em entrar na sua frente? Quando alguém esbarra em você e olha feio quando você chama sua atenção, ou ainda quando alguém fala super mal do seu celular novo só pra mostrar que o dele é melhor? Bom, é desse tipo de competição de que estou falando.
Eu até entendo que no meio do DNA de cada pessoa exista aquele gene de sobrevivência do mais forte, que faz com que sejamos competitivos para podermos evoluir. Mas será que algumas pessoas não exageram um pouquinho não? Hoje temos guerras sangrentas por causa de religião ou petróleo, tumultos em jogos por causa de times, gente roubando pra pagar dívidas de jogos, Boyzinhos e Patricinhas contando com quem ou com quantos já ficaram numa noite, pessoas rasgando dinheiro em público, ou até ficando felizes quando um “rival” morre.

CHEGAAA!!!


Cansei... Será que as pessoas não se tocam? Estou cansado de ver dezenas de Dons Quixote lutando contra moinhos de vento, pra onde olho vejo pessoas competindo por nada mais nada menos do que um status de vencedor. O incrível é que por mais tapas que elas levem nunca param pra pensar se aquilo realmente vale a pena. Perdem-se amigos, família e até empregos por querer ser aquilo que você não precisa, e muitas vezes nem quer ser... Tudo por causa de uma coroa invisível, até quando os seres humanos serão tão teimosos?



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quarta-feira, 18 de julho de 2007

Λέω τα ελληνικά

A cultura brasileira é uma super mistura de várias outras culturas do passado, isso todos sabem. Mas o que muitos não se dão conta é de que grande parte dos ingredientes dessa mistura tem um ponto de origem em comum, e ele é a civilização grega.

O tema do post de hoje foi sugerido pelo Vinícius do blog O Irrevogável, e antes de começar a pesquisa-lo não tinha me dado conta do quanto estamos imersos em coisas originalmente gregas. Por exemplo, sabe quando o presidente faz alguma cagada coisa errada e ai aparecem o senado, o congresso e a bateria da mangueira pra tentar consertar tudo? Então, essa é a chamada democracia, do grego demos = povo e kratia = poder, já que somos nós quem escolhemos nossos governantes entende-se que o poder é do povo, e não é só a palavra que vem da Grécia não, todo esse conceito veio de lá. Na matemática também temos bons exemplos, como o básico, mas essencial Teorema de Pitágoras que é um velho conhecido nosso dos tempos de escola. E falando em escola, alguém se lembra das aulas de filosofia, do grego philos = amor, amizade + sophia = sabedoria? Sim elas também têm bases gregas, não que não existissem outros filósofos em outras partes do mundo na época, mas os gregos foram os mais felizes em divulgar suas idéias.

Na arte não podia ser diferente, os gregos foram responsáveis pelos estilos clássicos de pintura, arquitetura e escultura, lembram da Vênus de Milo? Ela é grega também, e representa a Deusa (grega) Atenas, uma dos muitos deuses de sua cultura. Deuses esses que hoje servem de nome para os nossos planetas e de histórias utilizadas para explicar ações humanas na psicanálise. Falando em histórias me lembrei dos teatros, da tragédia e da comédia, encenações tipicamente gregas cujos conceitos são comuns no meio artístico de hoje em dia.

A Grécia foi certamente o berço da civilização ocidental, quanto mais pesquisamos mais encontramos coisas gregas em nosso cotidiano, vale a pena pesquisar a origem das palavras, das idéias e dos costumes, às vezes nos achamos tão diferentes do resto do mundo por coisas bobas como classes sociais, cor de pele e sexo que nem nos damos conta de que no fim somos todos farinha do mesmo saco (provavelmente grego)!


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terça-feira, 17 de julho de 2007

Pedro Mariano 2007


Cumprindo o desafio do Wagner do Blá-blaísmo hoje vou comentar sobre o ultimo cd de Pedro Mariano sugerido pela blogueira Chris do Vermelho Melancia.
Não sabe quem é Pedro Mariano? Pois é, eu também não sabia! Pedro é filho de Elis Regina e de César Camargo Mariano, e como a mãe canta MPB, já lançou vários cds ao longo de seus dez anos de carreira e apesar de eu nunca ter ouvido falar dele, tem um certo prestígio no meio.

Pra falar a verdade não ouço muito musicas nacionais, muito menos MPB dos quais meus conhecimentos vêm de Pelos Ares da Adriana Calcanhoto e A Festa de Maria Rita (musicas de que gosto muito por sinal), portanto talvez minha opinião não seja muito válida.
No geral as músicas são boas, a batida gostosa e as letras bem escritas, algumas musicas como “Ta tudo bem” e “Sujou, camarada” são bem alegres e chegam a dar uma vontade de dançar, mas a maioria das músicas é tranqüila e, em 85% do cd me senti num barzinho com musica ao-vivo. Duas coisas me incomodaram bastante, uma foi um tecladinho de fundo que aparecia em todas as músicas, pode ser implicância minha, mas acho que ele poderia ser um pouco mais discreto. A outra coisa que me incomodou foi uma sensação de “já ouvi isso antes” em metade das músicas no cd, nesse caso acho que faltou um pouco de originalidade, e como bom estudante de marketing que sou sei que um “diferencial competitivo” é essencial para se chegar ao sucesso.
Concluindo, foi muito melhor do que um cd de Funk, o que seria meu pior pesadelo nesse desafio, não é um cd que eu ouviria voltando a pé do trabalho mas não me incomodaria com ele tocando de fundo num barzinho da vida! Vale a pena ouvir se você gosta de MPB, se você se interessou ouça antes aqui, e se gostar pode compra-lo aqui, boa musica e até o próximo post!

PS: Fui indicado pelo Art do Silêncio de Chumbo para os prêmios Blog com Tomates, para os blogs que de alguma forma "lutam pelos direitos fundamentais do ser humano", e para o 7 Maravilhas da Blogsfera, tenho que indicar mais cinco blogs para o primeiro e mais sete para o segundo. Valeu Art, são meus primeiros prêmios digitais hehehe. Assim que sobrar um tempinho vou fazer minha lista!



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segunda-feira, 2 de julho de 2007

Benhêe, Temos que Discutir Nossa Relação!


Não sou muito bom em se tratando de relacionamentos amorosos, mas nossa querida Iaiá me desafiou a escrever sobre a discussão do relacionamento de casais. Pra minha sorte esse é um assunto muito discutido e achei um texto que não poderia expressar melhor essa situação. O texto a seguir foi extraído do livro “100 crônicas de Mário Prata”, Cartaz Editorial – São Paulo, 1997, pág. 163:

DISCUTIR: defender ou impugnar (assunto controvertido); questionar.
RELAÇÃO: comparação entre duas quantidades mensuráveis. (Aurélio).

Há alguns anos, eu e minha mulher (hoje ex-) fomos convidados pelo cantor e compositor João Bosco para assistirmos ao show dele no Teatro Municipal de Santo André. Como não sabíamos o caminho, João Bosco, que ia com a Kombi da gravadora, ofereceu-se para uma carona. Pegamos ainda o genial jornalista policial Otávio Ribeiro (Pena Branca) e sua noiva no Hotel Cineasta no centro de São Paulo e lá fomos nós. Pena tinha acabado de escrever um livro chamado Barra Pesada.
Quando chegamos, o teatro estava superlotado, não havendo mais espaço nem no chão. O produtor do João nos arrumou quatro cadeiras e lá ficamos nós num cantinho do palco. No centro, com foco de luz, apenas o João, o banquinho e o violão.
Foi quando tudo se deu. Pena Branca e a noiva começaram uma discussão no palco. Lá no cantinho, para constrangimento meu e da Marta, enquanto João Bosco reclamava de "um torturante bandeide no calcanhar". Da discussão partiram para um bate-boca de baixíssimo nível. Altos brados e baixos calões. Começaram a se xingar. O que aconteceu é que as mais de mil pessoas que lotavam o teatro começaram a desviar os olhos do centro do palco para o canto. Ali, naquele pequeno espaço cênico, estava acontecendo um outro espetáculo. Um casal DISCUTIA A RELAÇÃO, com o João Bosco fazendo um mero e distante fundo musical. Foi um sucesso, para desespero meu e da Marta, meros figurantes sem fala, porém boquiabertos. Não sei se o meu saudoso Pena Branca continuou com a moça depois daquele dia. Sim, porque quando se começa a DISCUTIR A RELAÇÃO é, quase sempre, porque não existe mais relação. Apenas discussão.
DISCUTIR A RELAÇÃO é um ato recente. Antigamente, lá pelos anos 60, não se fazia isso. Quando o namorado ou a namorada chegava para o outro e dizia: "Sabe, eu estive pensando...” Pronto, o ouvinte já sabia que era o fim. Não havia mais o que discutir. Saía cada um para o seu lado dizendo que houve (que saudades) uma "incompatibilidade de gênios". Isso resolvia tudo.
E os nossos pais jamais discutiram a relação. Nem mesmo a relação sexual. Dava-se uma porrada e não se falava mais naquilo. As mulheres (infelizmente) sabiam do seu lugar ao lado do fogão, sem o fogo do amado.
Mas o mundo girou, a lusitana rodou, vieram os psicanalistas e as feministas. Sim, foram eles que instigaram as mulheres a DISCUTIR A RELAÇÃO. Sim, são sempre as mulheres que começam (e acabam) as discussões e as relações. Os terapeutas, porque colocam na cabeça da gente que devemos dizer tudo que pensamos da pessoa amada para ela e não para o melhor amigo. E as feministas, bem, as feministas...
Mas, antes de surgir a expressão DISCUTIR A RELAÇÃO, tivemos outros nomes para a mesma desgastante peleja. "Vamos dar um tempo' não durou muito. Depois surgiu "Nossa relação está desgastada". Por que não "gastada"?
Hoje, modismo ou não, não há casal que não DISCUTA A RELAÇÃO, pelo menos uma vez por semana, igualando ao número de atividades sexuais. DISCUTE-SE A RELAÇÃO nos mais variados lugares. Alguns sombrios, outros perigosos.
O melhor lugar para se discutir a relação é na sala. Está-se próximo do uísque, da televisão que pode ser ligada a qualquer momento e mesmo da porta, para uma saída furtiva e quase sempre covarde. E é ótimo DISCUTIR A RELAÇÃO andando em círculos, com um copo na mão, um ouvido na fera e um olho no futebol. Sim, as mulheres adoram esta atividade aos domingos. Eu tenho um amigo que, quando quer sair sozinho com os amigos, diz: "Vou até lá em casa e dou um jeito de DISCUTIR A RELAÇÃO com a patroa, ela fica irritada e eu tenho um motivo para voltar aqui para o bar'.
DISCUTIR A RELAÇÃO no quarto só tem duas saídas. Tudo terminar numa belíssima e lacrimejante cena de amor (às vezes, até com uns tapinhas carinhosos) ou a ida de um dos meliantes para o outro quarto. No quarto, é impossível se tratar deste assunto impunemente. Principalmente se os dois atletas estiverem deitados. E nus. E se houver alguma faca por perto. Vide Robbit.
No carro, é um perigo. Deveria haver multa para esses casais que colocam em risco não apenas a vida deles, como também dos transeuntes e demais carros. DISCUTIR A RELAÇÃO dentro do carro sempre acaba em trombada na cara. E quem está dirigindo leva sempre a pior. Ou então propor um rodízio. Segunda, não discutem casais com final 1 e 2. Terça, 3 e 4. E assim por diante.
Agora, não há nada mais desagradável do que DISCUTIR A RELAÇÃO por telefone. É um horror. Geralmente é de madrugada. Longos silêncios... "Você está me ouvindo? Você está aí?" A gente não vê os olhos da outra pessoa, o sarcástico sorrisinho, a pequena lágrima rolando. Sem falar na conta do telefone.
E no restaurante, vocês já repararam? Sempre tem alguns casais que chegam calados, comem calados e calados saem. Um não dirige a palavra para o outro. Ledo engano. Eles estão, em silêncio, DISCUTINDO A RELAÇÃO. Acho uma covardia DISCUTIR A RELAÇÃO em silêncio. Eles não falam nada. Ela fica quebrando palitos e ele rasgando o guardanapo de papel. Imundando o restaurante.
Já os mais modernos DISCUTEM A RELAÇÃO via Internet. Ele digita um disparate para ela na Vila Madalena, o texto vai para um satélite, dali vai para Columbus (Ohio, USA), volta ao satélite, baixa na central do Rio de Janeiro e, finalmente, entra no computador dela em Pinheiros, a uns 500 metros de distância. Depois é a vez dela fazer o mesmo. Coitado do satélite que tem que decifrar aqueles palavrões todos. Em português, é claro!
Mas o pior não é DISCUTIR A RELAÇÃO. O pior é pagar fortunas a um profissional, sentar-se numa poltrona ou divã e ficar ali, durante 50 minutos, por intermináveis semanas, meses a fio, anos seguidos, repetindo tintim por tintim como foi a nossa última conversa com o ser amado, fazendo um esforço danado para lembrar fala por fala, todos os diálogos. E o terapeuta lá, com aquele olho de peixe morto, caído, quase bocejando, ouvindo, pela oitava vez, naquela mesma tarde, a mesma nauseante história de amor.
Sim, porque com ele a gente não DISCUTE A RELAÇÃO. Discutimos, no máximo, o preço. Da nossa dor.

Mu, o Continente Perdido Primordial

Há muito tempo atrás existiu uma terra magnífica, uma imensa planície rodeada por altas montanhas, onde dos rios escorriam mel e leite e a paz reinava entre seus habitantes.

O que parece a introdução de um filme no estilo Senhor dos Anéis é na verdade uma história bem mais antiga.
(crtl+C/ctrl+V)” No século 19, o coronel inglês James Churchard localizou o continente de Mu. Durante uma onda de fome na Índia, ele foi designado para supervisionar os socorros. Trabalhou com um sacerdote hindu, de quem se tornou grande amigo. O sacerdote ensinou-lhe uma língua antiga, o naacal, que acreditava ter sido o idioma original da humanidade. Com esses conhecimentos, Churchard afirmou ter decifrado uma série de antigas inscrições em pedra, escondidas no templo em que seu amigo lhe ministrava lições. As inscrições revelavam a história de Mu, um continente no Oceano Pacífico, com o centro ligeiramente abaixo do Equador; de Leste a Oeste, media 9.600 quilômetros e, de Norte a Sul, 4.800. Era o histórico Jardim do Éden, onde, há 200 mil anos o homem tinha surgido e construído uma forma de civilização extremamente evoluída. Quando Mu foi destruída, com o cataclisma de uma ação vulcânica, a sua população era de 64 milhões.”
Muitas pessoas ainda sugerem que Mú seja um outro continente citado como Lemuria, mas este segundo as histórias estaria ao lado da África, no Oceano Índico. Cronologicamente Mú seria o berço da humanidade, e após sua extinção os humanos se dividiram para o resto do mundo (isso explicaria o modo como dominamos o globo). Quanto mais se pesquisa mais divergências nós encontramos. Alguns dizem que este continente era habitado por seres andrógenos celestiais e outros que habitava uma sociedade humana extremamente evoluída, que teria mais tarde se instalado em Atlântida.
A história é boa e pode ser uma forte candidata para virar filme em Hollywood, mas segundo a ciência não passa disso. Segundo a Wikipédia continentes perdidos são impossíveis devidos a Teoria da Isostasia (se alguém souber o que é isso fique a vontade para explicar).
Para mim são só histórias com muito gliter por cima. É só imaginarmos como eram as navegações antigamente, não existiam mapas e a forma de se localizar era bastante primitiva, creio que se um hindu passasse perto da Austrália, por exemplo, logo diria que era um continente próximo cheio de mistérios, o mesmo aconteceria com a Atlântida, que pode muito bem ter sido uma ilha ou a própria América.
Não nego que existam fatos desconhecidos, como a real idade da esfinge do Egito e das misteriosas ligas metálicas em Tihuanuaco juntas de pedras esculpidas com figuras de mamutes, mas com tantas informações devemos saber filtrar o que ouvimos.
Existem bons documentários tratando desses assuntos, assim como sites sérios que não guardam essas histórias perto de links de grandes conspirações, uma pesquisada mais afundo no Google revela muitas fontes interessantes, vale a pena conferir para gosta de mistérios, mundos perdidos, mesmo que irreais guardam excelentes histórias!

Esse tópico foi sugerido por Monsieur Coçard do Coçando na Rede. Finalmente um post com fontes para pesquisa hehehe.