Be Happy

Vivemos reclamando que a vida é infeliz, que nada de bom acontece e que o mundo é cruel, mas o problema não está no mundo, e sim nas pessoas que vivem nele.

Suponhamos que um grupo de cientistas fazendo uma experiência perigosíssima acidentalmente apague a memória de todas as pessoas na Terra, inclusive as deles. As pessoas acordam sem saber onde estão e o que fazem, começam a caminhar pelas ruas, e depois a correr sem rumo, o caos se instaura. Passam-se dias e semanas quando um grupo de pessoas resolve desvendar o mistério. Começam a analisar as fotos encontradas nas casas das pessoas e por ai começam a descobrir quem é parente de quem, alguém muito esperto aprende que aqueles símbolos por tudo o lugar eram letras e que elas formavam palavras, e que essas palavras formavam textos e frases que contavam histórias. Com um pouco mais de esforço algumas pessoas descobrem como usar aquelas fitas encontradas no armário e assistem a inúmeros vídeos de casamentos e festas de aniversario. A sociedade vai se reformulando, para cada um é dada uma tarefa, o modo de vida é copiado dos registros em forma de vídeos e fotos, foi instruído o sorriso como forma de relacionamento pessoal de primeiro contato. As pessoas tinham como lei ser felizes, assim como era antigamente antes da grande amnésia, todos trabalhavam, todos comiam, todos conversavam e sorriam. Mas ninguém estava feliz, faltava algo.

Um outro grupo de pessoas que era contrário às normas estabelecidas começou a rever as evidências deixadas por eles mesmos antes da G.A. e descobriram coisas assustadoras, os humanos matavam e roubavam, choravam e eram infelizes. Começaram a ameaçar o governo, dizendo que ele escondia a verdade do povo. Surgiram guerras, desordem, fome e sofrimento. Nesse momento as pessoas estavam mais perdidas do que nunca, não sabiam o que fazer. Numa casa uma mãe chora, está em choque, não acredita no que vê pela caixa de imagens. De repente entra na sala sua filha menor, vendo a mãe chorando ela caminha pelo cômodo e abraça-a, “não chore mãe, estou aqui com você”, então essa mãe sorri, e pela primeira vez naquele tempo de loucura ela entende o porquê de fazer isso. Ela sorriu e se sentiu alegre, por que em meio a toda aquela desordem percebeu que tinha algo único e pelo quê valia a pena viver. Então seja feliz, não porque tem que fazer isso, e sim pelos motivos que você tem e não percebe!

Carpe Diem